Avaliação Terceiros Anos
Avaliação para os Terceiros Anos
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No debate sobre as cotas para o ingresso dos negros nas universidades públicas, reapareceram, de forma recorrente, argumentos favoráveis e contrários à adoção dessa política afirmativa. Os trechos reproduzidos a seguir constituem exemplos desses argumentos.
Em um país onde a maioria do povo se vê
misturada, como combater as desigualdades com base em uma interpretação do
Brasil dividido em “negros” e “brancos”? Depois de divididos, poderão então
lutar entre si por cotas, não pelos direitos universais, mas por migalhas que
sobraram do banquete que continuará sendo servido à elite. Assim sendo, o foco
na renda parece atender mais à questão racial e não introduzir injustiça horizontal,
ou seja, tratamento diferenciado de iguais.
(Adaptado de:
Yvonne Maggie (Antropóloga da UFRJ). O Estado de São Paulo. 7 mar. 2010. Este
artigo de Yvonne Maggie serviu de base para o seu pronunciamento lido por
George Zarur na audiência pública sobre ações afirmativas convocada pelo Supremo
Tribunal Federal (STF) em março de 2010.)
Desde 1996 me
posicionei a favor de ações afirmativas para negros na sociedade brasileira.
Vieram as cotas e as apoiei, como continuo fazendo, porque acho que vão na
direção certa – incluir socialmente os setores menos competitivos – embora
saiba que o problema é muito maior e mais amplo. Tenho apoiado todas as medidas
que diminuam a pobreza ou favoreçam a mobilidade social e todas as que combatam
diretamente as discriminações raciais e a propagação dos preconceitos raciais.
Em curto prazo, funcionam as políticas de ação afirmativa; em longo prazo,
funcionam políticas que efetivamente universalizem o acesso a bens e serviços.
(Antônio Sérgio
Guimarães (Sociólogo da USP) Entrevista concedida à Ação Educativa)
A
divergência dessas duas posições reproduz, atualmente, o antagonismo existente
no debate sobre a questão racial na sociologia brasileira, exemplificado pela
oposição entre os pensamentos de Gilberto Freyre e Florestan Fernandes.
Identifique e explique, nos trechos
reproduzidos, os argumentos favoráveis e desfavoráveis à política de cotas para
negros em universidades, comparando-os com as visões teóricas de Gilberto
Freyre e Florestan Fernandes.
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